IA aumenta eficiência dos tribunais mas não pode substituir "juiz humano"

A Inteligência Artificial tem um enorme potencial para utilização em contexto judicial. A questão está em saber se este é um caminho inevitável ou se é demasiado arriscado colocar a aplicação da Justiça, em parte, nas "mãos" de máquinas.

Interpelado pelo Jornal de Negócios, José Maria Simão, Associado Sénior da PARES, sublinhou que é preciso garantir que o controle final das decisões judiciais permanecerá em mãos humanas, e que o recurso a estas ferramentas será limitado e controlado: "O recurso a IA no sistema judicial é, como em muitas outras áreas e atividades da nossa sociedade, irresistível, (…) porque é fácil e confere resultados imediatos", referiu. Contudo, o Advogado alerta: "esta irresistibilidade não pode representar uma inevitabilidade".